sexta-feira, setembro 03, 2010

Ás vezes,

nós só temos que ignora - lá e fingir que ela não passou por ali. Fingir esquecer, e convencer você mesmo disso. Fazer sua própria verdade, em um tempo que é só seu; e guarda – lá em algum lugar escondido o suficiente para que ela não possa te achar. Caixinha empoeirada de madeira -que durante quase toda sua “vida” morou debaixo da minha cama- é a você que dedico minhas memórias que se perderam em meio ao tempo de uma vida um sem sentido, da qual eu ainda tendo decifrar – talvez de uma forma inutilmente útil- tolamente, em busca de respostas para as perguntas que ainda nem se formaram...
É a você que sempre recorri em uma tentativa desesperada de tentar recuperar o passado, que antes era presente, mas que antes mesmo de perceber essa troca de verbos já tinha escapado por entre meus dedos, como a areia da praia, que nunca gostou de se sentir aprisionada. Mas daí a pouco já é hora de coloca-lá de volta no lugar, e de tempos em tempos adicionar memórias novas; que vão se tornando velhas e antigas, enquanto mais a poeira do tempo insiste em esbarrar comigo por aí.

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